quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Aplicações do enceramento progressivo

  • Confecção de coroas provisórias a partir da moldagem do modelo com dente encerado e montado no ASA;
  • Enceramento diagnóstico sobre modelo de estudo;
  • Construção de guia tomográfico e cirúrgico a partir do modelo encerado e montado no ASA.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Contatos oclusais

Tipos de contatos oclusais

· Cúspide-crista marginal

(Fundamentos de prótese fixa. Shillingburg, Herbert T.)


a) localização no antagonista: cristas marginais e fossas oclusais.
b) relação com o dente antagonista: um dente contra dois dentes.
c) vantagens: encontra-se na maioria dos adultos.
d) desvantagens: impacções alimentares e deslocamento de dentes.
e) aplicações: na maioria das restaurações na prática diária.


(Fundamentos de prótese fixa. Shillingburg, Herbert T.)


CÚSPIDES VESTIBULARES INFERIORES
Primeiro premolar.
Segundo premolar.
Primeiro molar, cúspide mésio-vestibular.
Primeiro molar, cúspide disto-vestibular.
Primeiro molar, cúspide distal.
Segundo molar, cúspide mésio-vestibular.
Segundo molar, cúspide disto-vestibular.

CONTATOS OPOSTOS NAS SUPERFÍCIES OCLUSAIS ANTAGONISTAS
Crista marginal mesial do primeiro premolar.
Crista marginal distal do primeiro premolar e crista marginal mesial do segundo premolar.
Crista marginal distal do segundo premolar e crista marginal mesial do primeiro molar.
Fossa central do primeiro molar.
Geralmente não funcional.
Crista marginal distal do primeiro molar e crista marginal mesial do segundo molar.
Fossa central do segundo molar.
· Cúspide-fossa

(Fundamentos de prótese fixa. Shillingburg, Herbert T.)


a) localização no antagonista: somente nas fossas oclusais.
b) relação entre os dentes antagonistas: um dente contra um dente.
c) vantagens: forças oclusais no eixo médio longitudinal do dente.
d) desvantagens: raramente encontrada em dentes naturais.
e) aplicações: em reabilitações orais completas.

(Fundamentos de prótese fixa. Shillingburg, Herbert T.)

CÚSPIDES PALATINAS
Primeiro premolar
Segundo premolar
Primeiro molar, cúspide mésio-palatina
Primeiro molar, cúspide disto-palatina
Segundo molar, cúspide mésio-palatina
Segundo molar, cúspide deisto-palatina

CONTATOS OPOSTOS NAS SUPERFÍCIES OCLUSAIS INFERIORES
Fossa distal do primeiro premolar
Fossa distal do segundo premolar
Fossa central do primeiro molar
Fossa distal do primeiro molar
Fossa central do segundo molar
Fossa distal do segundo molar

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Passo a passo

1. Com um lápis, dividir as faces vestibular e lingual em terços cervical, vestibular/lingual e oclusal. Traçar com lápis um linha da ponta de cúspide de cada elemento até a cervical.




2. Desgastar a face oclusal com a peça de mão e fresa. Como saber o quanto deve ser desgastado? É importante manter o pino guia incisal em contato com a mesa guia anterior. Deve-se observar o espaço existente entre os modelos, que deve ser de 2mm, o ideal para o levantamento correto dos cones e uma escultura adequada, a fim de que não haja a possibilidade de perfurações dos elementos fundidos durante os ajustes oclusais. Após o desgaste trazer a linha vertical demarcada na vestibular e na lingual para dentro da superfície desgastada marcando um ponto a 2mm da borda, este ponto será o local onde os cones serão levantados.

3. Concluído o passo 2 e antes de iniciar o levantamento dos cones é necessário aplicar uma fina camada de cera pegajosa sobre toda a superfície que foi desgastada para evitar que se soltem.



4. O levantamento dos cones é feito com instrumento PKT 1 ou 2 (gotejador), procurando apoio nos dentes próximos. O gotejador é aquecido na chama da lamparina e colocado em contato a cera tornando-a líquida e em seguida gotejada no ponto demarcado e direcionado ao seu contato oclusal.

5. São feitos movimentos de lateralidade e protrusão para verificar a presença de contatos prematuros e interferências.

6. Ao final do levantamento dos cones das cúspides funcionais dos dentes inferiores, os quais devem ser direcionados para as suas respectivas fossas antagonistas.
Qual a importância desse direcionamento?
Dessa forma os vértices das vertentes triturantes repousando sobre os sulcos, sem tocá-los evita abrasão.

7. Passo seguinte é o levantamento dos cones correspondentes as cúspides linguais inferiores. As cúspides vestibulares inferiores são mais altas do que as linguais nos premolares e esta diferença vai diminuindo à medida que se dirige aos molares. Porém os linguais dos molares são mais curtos do que os vestibulares, caracterizando a
curva de Wilson.


8. Perímetro oclusal consiste na colocação das arestas longitudinais. É iniciada pela ponta do cone em direção as proximais, reconstituindo as cristas marginais e o contato proximal. Avalia-se o conjunto cone-aresta em látero-protrusão.

9. Confecção da aresta transversal deposita-se cera nas pontas de cúspide ao sulco principal. Nos dentes que apresentam ponte de esmalte as arestas se ligam e são mais elevadas.

10. A confecção das vertentes lisas das cúspides é feita depositando cera na vestibular do cone. As vertentes lisas linguais são sempre menores que as vestibulares.
11. Confecção da vertente triturante deposita-se cera na face oclusal do cone. As bases dessas vertentes se encontram, deixando delimitado o sulco principal mésio-distal.

12. Faz-se o preenchimento dos espaços oclusais com adição de cera e acabamento das fossas. Sempre verificando se há excessos, se houver, deve ser removido com PKT 4. Ao término desta etapa consegue-se uma superfície oclusal com cúspides e fossas harmoniosamente relacionadas de acordo com a dinâmica do sistema mastigatório.

13. Verificar as características finais do enceramento:
a) As pontas de cúspide são os pontos mais altos;
b) As pontas de cúspide funcionais são projetadas para o seu contato com dente antagonista;
c) As cúspides linguais são menores que as vestibulares;
d) Todas as estruturas posteriores devem desocluir nos movimentos excursivos da mandíbula.
e) Os contatos cêntricos devem estar sempre em ambos os lados do arco dentário.

Enceramento progressivo


(2.bp.blogspot.com/.../s320/Sin+título-1.jpg)

O enceramento progressivo constitui um indispensável exercício para a reconstrução da morfologia dental, pela remoção ou acréscimo gradativo de cera.
Há duas técnicas de enceramento. A primeira técnica com adição de cera foi desenvolvida por E. V. Payne, neste método são utilizadas ceras de diferentes cores para cada ponto característico. Esta técnica é normalmente associada ao esquema de oclusão cúspide-crista marginal. Devido a maioria das dentições naturais terem este tipo de oclusão, é comumente usado para restaurações unitárias.
A outra técnica foi desenvolvida por P. K. Thomas. Nesta técnica todos os cones das cúspides são posicionados, começando pelas cúspides funcionais. As cristas marginais são confeccionadas posteriormente. Este método é geralmente associado com a relação cúspide-fossa. Por ser raramente encontrado nas dentições naturais deve ser usada somente quando são restaurados dentes contíguos e os dentes opostos a eles.
Instrumental necessário


· Lápis
· Modelos montados em articulador
· Lecron e Hollenback
· Instrumental PKT
· Lamparina, álcool e fósforo
· Ceras coloridas
· Cera pegajosa
· Talco e pincel
· Escova macia
· Peça reta
· Fresa e PM
· Tiras de carbono

domingo, 27 de setembro de 2009

Referências bibliográficas


  • São Paulo: Sarvier, 2004. MADEIRA, M. C. Anatomia do Dente. 3ª. ed.

  • Universidade Federal de Uberlândia: 2006. Fernanades, J. N.; Silva, M. R. Enceramento progressivo.

  • Guia de enceramento oclusal; 2 edição. Shillingburg, H. T.; Wilson, E. D.; Morrison, J. K.

domingo, 13 de setembro de 2009

Descrição anatômica da dentição permanente

· Incisivo central superior




Face vestibular – as bordas mesial e distal convergem para cervical. A borda mesial é mais retilínea e continua em linha com a superfície mesial da raiz, e a borda distal é mais convexa.
O ângulo mésio-incisal é mais agudo do que o disto-incisal, que é mais arredondado.
Face lingual – é mais estreita. Apresenta no terço cervical o cíngulo1.
Faces de contato – as faces vestibular e lingual convergem para incisal e possuem inclinação lingual.
Raiz – tem forma cônica.






· Incisivo central inferior



Face vestibular – contorno trapezoidal muito alongada, quase quadrangular. Os ângulos mésio-incisal e disto-incisal são retos.
Face lingual – o cíngulo é mais estreito.
Faces de contato – as faces mesial e distal são triangulares.
Raiz – reta e sulcada longitudinalmente em ambos os lados.



· Incisivo lateral superior




Face vestibular – contorno trapezoidal alongado, tem maior convexidade no sentido mésio-distal.
Face lingual – cíngulo estreito, cristas marginais mais salientes; forame cego frequentemente presente.
Faces de contato – semelhante ao superior, porém a menor dimensão do vestíbulo-lingual ao nível do terço cervical faz com que a linha cervical seja de curva mais fechada.
Raiz – achatada no sentido mésio-distal.

· Incisivo lateral inferior


Face vestibular – trapezoidal.
Face lingual – mesmo aspecto da vista vestibular.
Faces de contato – projeção lingual do ângulo disto-incisal.
Raiz – mais longa do que o central, desviada para distal e apresenta sulcos profundos.



· Canino superior


Face vestibular –diâmetro mésio-distal acentuado e diâmetro cérvico-incisal moderado.
Face lingual – tem a mesma silhueta da vestibular, porém é mais estreita.
Faces de contato – grande inclinação, convergência em direção ao colo.
Raiz – cônica, reta e longa.



· Canino inferior


Face vestibular –diâmetro mésio-distal moderada e diâmetro cérvico-incisal acentuada.
Face lingual – não possui cíngulo e cristas marginais4 bem marcados. Sua forma acompanha a dos incisivos inferiores.
Faces de contato – a vestibular é menos convexa que a do superior.
Raiz – achatada mésio-distalmente, com sulcos longitudinais evidentes.

· Primeiro premolar superior


Face vestibular – semelhante à do canino superior.
Face oclusal – possui contorno pentagonal. Apresenta sulco principal bem marcado e longo, deslocado para lingual. A cúspide2 vestibular é mais volumosa e alta que a lingual.
Face lingual – tem o mesmo contorno da vestibular, porém mais lisa, convexa e menor.
Faces de contato – convergem para lingual.
Raiz – geralmente 2 raízes bem desenvolvidas e separadas.



· Primeiro premolar inferior


Face vestibular – semelhante à do canino, porém mais baixa.
Face oclusal – possui contorno ovóide ou circular e inclinada para lingual. Apresenta sulco principal curvilíneo mais próximo da face lingual, sendo quase sempre interrompido pela ponte de esmalte3 que forma as fossetas6 mesial e distal. A cúspide lingual é pequena e centralizada. O ápice da cúspide vestibular coincide com o eixo longitudinal do dente. A crista marginal3 mesial está em nível mais baixo que a distal.
Face lingual – tem o mesmo contorno da vestibular, porém mais lisa, convexa e menor.
Faces de contato – convergem para lingual.
Raiz – geralmente uma raiz, achatada mésio distalmante e grande ocorrência de sulco mesial na raiz.

· Segundo premolar superior



Face vestibular – aspecto ovóide.
Face lingual – aspecto ovóide.
Face oclusal – possui contorno ovóide. Apresenta sulco principal5 curto, localiza-se centralmente. As cúspides vestibular e lingual são quase do mesmo volume e altura. O ápice da cúspide vestibular é deslocado ligeiramente para a mesial.
Raiz – geralmente uma raiz.
Face vestibular – aspecto ovóide.

· Segundo premolar inferior


Face vestibular – as bordas mesial e distal são menos convergentes para o colo.
Face oclusal – apresenta contorno circular. Dente tricuspidado ( 2 cúspides linguais e 1 vestibular), sendo a cúspide lingual grande e dividida em duas. O sulco principal mais próximo d o centro da face oclusal. A crista marginal mesial é mais alta do que a distal. O ápice da cúspide vestibular é deslocado vestibularmente me relação ao longo eixo do dente.
Face lingual – a cúspide lingual é central ou um pouco deslocada para mesial
Raiz – cônica.


· Primeiro molar superior



Face vestibular – contorno trapezoidal de grande base oclusal.
Face oclusal – tende ao quedrilátero. Apresenta ponte de esmalte unindo as cúspides mésio-lingual a disto-vestibular. O sulco ocluso-lingual é longo e profundo. A cúspide mésio-lingual é a maior de todas seguida em tamanho pela: mésio-vestibular, disto-vestibular, disto-lingual.
Faces de contato – são retangulares e convergem para a vestibular.
Face lingual – sua silhueta é igual a da vestibular, porém maior.
Raízes – apresenta 3 raízes bem desenvolvidas e separadas.

· Primeiro molar inferior


Face vestibular – contorno trapezoidal de grande base oclusal.
Face oclusal – apresenta contorno retangular, 3 cúspides vestibulares e 2 linguais, sendo que as cúspides mesiais são as maiores. Possui sulcos primários com disposição variável.
Faces de contato – a face mesial é maior que a distal. Inclinação lingual da face vestibular.
Face lingual – sua silhueta é semelhante a da vestibular, porém menor, pois as faces mesial e distal convergem para a lingual.
Raízes – apresenta 2 raízes bem desenvolvidas, separadas e se curvam levemente para a distal.

· Segundo molar superior


Face vestibular – maior do que a face lingual.
Face oclusal – apresenta contorno rombóide; triangular em tricuspidados. A ponte de esmalte é interrompida por sulco, menos proeminente ou inexistente. O sulco ocluso lingual é curto e pouco profundo. As cúspides mesiais são muito maiores que as distais.
Faces de contato – convergem para lingual.
Face lingual – é menor que a vestibular.
Raízes – geralmente 3 raízes, mais curtas e menos divergentes que o primeiro molar inferior.





· Segundo molar inferior



Face vestibular – maior do que a face lingual.
Face oclusal – contorno retangular. Apresenta sulcos primários em menor quantidade e com disposição cruciforme.
Faces de contato – convergem para o colo.
Face lingual – menor e com sulco ocluso-lingual pouco evidente.
Raízes –mais curtas e menos divergentes e com certa tendência a coalescência.

Detalhes anatômicos da coroa dental

Legenda:

pc: ponta de cúspide
cm: crista marginal
al: aresta longitudinal
at: aresta transversal
vlm: vertente lisa mesial
vld: vertente lisa distal
vtm: vertente triturante mesial
vtd: vertente triturante distal
sp: sulco principal


1Cíngulo – saliência arredondada presente no terço cervical da face lingual de incisivos e caninos.
2Cúspide – saliência em forma de pirâmide quadrangular, presente em molares e premolares. De suas vertentes, duas estão na face livre as quais são denominadas vertentes lisas e duas na face oclusal, as vertentes triturantes. As vertentes lisas estão separadas da vertente triturante pela aresta longitudinal. As vertentes lisas e triturantes mesiais separadas das homônimas distais na mesma cúspide pelas arestas transversais. As vertentes e arestas encontram-se no vértice da cúpide.
3Ponte de esmalte – eminência linear que une cúspides, interrompendo o sulco principal. Exemplos: primeiro premolar inferior e primeiro molar superior.
4Crista marginal – eminência linear localizada nas bordas mesial e distal da face lingual de incisivos e caninos e nas faces mesial e distal da face oclusal de molares e premolares. Impede que partículas de alimentos que devem ser triturados saiam da zona mastigatória, além de proteger a área de contato evitando a impacção alimentar.
Tubérculo – saliência menor que uma cúspide, sem forma definida.
Bossa – elevação arredondada situada no terço cervical da face vestibular , entre os terços cervical e médio da face lingual de premolares e molares ou na face de contato de alguns dentes.
5Sulco principal – depressão linear aguda, estreita, que separa as cúspides umas das outras.
Sulco secundário – pequeno e pouco profundo, distribui-se irregularmente e em número variável nas faces oclusais, principalmente sobre cúspides e na delimitação das cristas marginais.
6Fosseta – depressão encontrada na terminação do sulco principal ou no cruzamento de dois deles
Fossa – escavação ampla e pouco profunda da face lingual de dentes
anteriores.